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Creation date | 2015-06-13 12:51:33 | |||
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No meu estudo de outras religiões, um dos meus objetivos era ler as escrituras sagradas de cada religião, para entender diretamente da fonte o que era a religião. Isso obviamente despertou minha curiosidade no Alcorão.
Eu já tinha uma forte crença em Deus e estava convencido da existência de um Ser Supremo. De fato, durante um tempo, eu às vezes era um cristão e às vezes simplesmente era um deísta, seguindo os passos de Voltaire e muitos dos “fundadores” dos Estados Unidos.
Já acreditando em Deus, portanto, o meu primeiro parâmetro por uma religião verdadeira era que a religião devia ter Deus como sua fonte original. Ninguém pode conhecer os detalhes sobre Deus exceto Deus. Ele está acima e além do campo da experiência humana. E o mais importante é que ninguém sabe como Ele deve ser adorado exceto Ele mesmo. Ninguém sabe qual estilo de vida é mais agradável a Ele exceto Ele. Embora os humanos sejam capazes de muitas conclusões embasadas sobre Deus, nenhum humano pode logicamente reivindicar que de alguma forma – independentemente de revelação de Deus – descobriu a maneira com a qual Deus deve ser adorado e a maneira que é mais agradável a Deus. Assim, se o objetivo supremo é verdadeiramente satisfazer e adorar a Deus como Ele deve ser adorado, então não se tem alternativa exceto voltar-se para Ele em busca de orientação.
Com base nessa primeira premissa, qualquer religião feita pelo homem não é uma alternativa lógica. Não importa o quanto os humanos tentem, eles não podem falar com autoridade sobre como Deus supostamente deve ser adorado.
É importante mencionar que esse parâmetro não significa que alguma vez Deus desempenhou um papel na formação de uma religião específica. Não, esse parâmetro significa que o escopo inteiro dos ensinamentos vêm de Deus. Existem algumas religiões que podem ter originado de Deus mas, depois, seus aderentes se sentiram livres para se apoiarem no raciocínio humano para ajustar, modificar e alterar a religião. No processo, eles de fato criaram uma nova religião, diferente da que Deus havia revelado. Isso, mais uma vez, destrói completamente o propósito. O que Deus revelou não precisa de qualquer aprimoramento ou mudança da humanidade. Qualquer mudança ou alteração significa um desvio do que Deus revelou. Assim, qualquer mudança ou alteração apenas levará a humanidade para longe da verdade e da maneira adequada de adorar a Deus. Além disso, Deus é mais do que capaz de revelar uma revelação perfeita para qualquer época ou circunstância. Se houver qualquer necessidade de alterar ou mudar quaisquer das leis de Deus, a autoridade para isso está apenas com Deus. Em outras palavras, Deus está livre para mudar Suas leis devido a Sua sabedoria e conhecimento, por exemplo, por misericórdia ou como uma forma de punição para Seus servos. Ele pode fazê-lo enviando uma nova revelação ou até enviando um novo profeta. Com isso, não existe problema lógico. Mas existe um problema grave quando os humanos assumem o encargo de “consertar” a revelação de Deus.
Portanto, o primeiro parâmetro declara que a religião se origine de Deus. Entretanto, isso não é suficiente. O segundo parâmetro é que os ensinamentos de Deus devem ser preservados em sua forma original. A lógica por trás desse ponto deve ser óbvia. Se a revelação original veio de Deus mas foi posteriormente adulterada e distorcida por humanos, tem-se agora a mistura da religião de Deus e de interpolação humana. Não é mais a religião pura de Deus. Embora isso possa parecer uma premissa óbvia, é surpreendente ver quantas pessoas nunca consideraram esse ponto, seguindo cegamente escrituras ou ensinamentos que não podem ser autenticados historicamente.
De fato, essa foi uma das primeiras coisas que me impressionaram em relação ao Alcorão. Até aqueles que eram claramente contra o Islã em seus escritos, como Sir William Muir, admitiam que o Alcorão que temos hoje foi preservado desde o tempo do Profeta, que Deus o exalte.[1] De fato, mesmo aqueles que tentavam ser mais críticos e levantar dúvidas sobre a autenticidade completa do Alcorão, como Jeffrey, me impressionaram ainda mais por conta da quantidade de informação que temos com relação a história desse texto.
Para apreciar plenamente esse ponto, deve-se ter em contexto o meu histórico cristão. Incidentalmente, esse trabalho de forma alguma pretende ser uma crítica ao Cristianismo. Entretanto, é o meu histórico e foi o parâmetro através do qual eu examinei outras religiões. Portanto, eu fiz muitas comparações cruzadas entre o Cristianismo e outras religiões, inclusive o Islã. Assim, eu não tenho escolha senão me referir ao Cristianismo durante o curso desse trabalho, já que esse trabalho é sobre a minha experiência.
[1] Para citações de numerosos escritores não-muçulmanos afirmando a autenticidade do Alcorão, veja Dialogue Between Islam and Christianity:Discussion of Religious Dogma Between Intellectuals from the Two Religions (Diálogo Entre Islã e Cristianismo: Discussão de Dogmas Religiosos Entre Intelectuais das Duas Religiões, em tradução livre) (Fairfax, VA:[1] Instituto de Ciências Islâmicas e Árabes na América, 1999), pp.[1] 295f.