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Creation date | 2015-05-23 17:29:11 | |||
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A facilitação divina é proporcional à necessidade humana. Deus faz com que a aquisição fique mais fácil a medida que a necessidade dos humanos aumenta. Ar, água, e luz do sol são necessários para a sobrevivência humana e, portanto, Deus concedeu a sua aquisição a todos sem dificuldades. A maior necessidade humana é conhecer o Criador e, portanto, Deus tornou fácil conhecê-Lo. A evidência para Deus, entretanto, difere em sua natureza. A seu modo, tudo na criação é evidência de seu Criador. Algumas evidências são tão óbvias que qualquer leigo pode imediatamente ‘ver’ o Criador como, por exemplo, o ciclo da vida e da morte. Outros ‘vêem’ o trabalho do Criador na elegância de teoremas matemáticos, em constantes universais da física, e no desenvolvimento do embrião:
“Vê! Na criação dos céus e da terra e na alternância do dia e da noite há sinais para os sensatos.” (Alcorão 3:190)
Como a existência de Deus, os seres humanos precisam de evidência para estabelecer a verdade dos profetas que falam em Seu nome. Muhammad, como os profetas antes dele, reivindicou ser o último profeta de Deus para a humanidade. Naturalmente, a evidência para sua veracidade é diversa e numerosa. Algumas são óbvias, enquanto outras são aparentes apenas após reflexão profunda.
Deus diz no Alcorão:
“…Acaso não basta (para eles saber) que teu Senhor é Testemunha de tudo?” (Alcorão 41:53)
O testemunho divino em si é suficiente sem qualquer outra evidência. O testemunho de Deus em relação a Muhammad reside em:
(a) As revelações passadas de Deus a profetas anteriores que profetizam o aparecimento de Muhammad.
(b) Os atos de Deus: os milagres e ‘sinais’ que Ele deu em suporte à reivindicação de Muhammad.
Como tudo começou nos primeiros dias do Islã? Como os primeiros crentes foram convencidos de que ele era profeta de Deus?
A primeira pessoa a acreditar na missão profética de Muhammad foi sua própria esposa, Khadija. Quando ele voltou para casa trêmulo de medo após receber uma revelação divina, ela o confortou:
“Nunca! Por Deus, Deus nunca o desgraçaria. Você mantém boas relações com seus parentes, ajuda os pobres, serve aos convidados generosamente, e cuida daqueles afligidos por calamidades.” (Saheeh Al-Bukhari)
Ela viu em seu marido um homem a quem Deus não humilharia, por causa de suas virtudes de honestidade, justiça e ajuda aos pobres.
Seu amigo mais próximo, Abu Bakr, que o tinha conhecido por toda a sua vida e era quase da mesma idade, acreditou no momento que ouviu as palavras, ‘Eu sou Mensageiro de Deus’, sem qualquer confirmação adicional além do livro aberto que era a vida de seu amigo.
Outra pessoa que aceitou seu chamado com base apenas em ouvi-lo foi ‘Amr’[1]. Ele disse:
“Eu costumava pensar antes do Islã que as pessoas estavam em erro. Elas adoravam ídolos. Nesse meio tempo, eu ouvi um homem pregando em Meca; então eu fui até ele e perguntei: ‘Quem é você?' Ele disse: ‘Eu sou um Profeta.’ Eu disse novamente: ‘Quem é um Profeta?’ Ele disse: ‘Deus me enviou.’ Eu disse: ‘Com o que Ele enviou você?’ Ele disse: ‘Eu fui enviado para criar laços de afinidade, quebrar os ídolos, e proclamar a unicidade de Deus para que nada seja associado a Ele (em adoração).’ Eu disse: ‘Quem está com você nisso?’ Ele disse: ‘Um homem livre e um escravo (se referindo a Abu Bakr e Bilal, um escravo, que tinha abraçado o Islã naquela época).’ Eu disse: ‘Eu pretendo segui-lo.’” (Saheeh Muslim)
Dimad era um curandeiro do deserto especializado em doenças mentais. Em sua visita à Meca ele ouviu seus habitantes dizerem que Muhammad (que Deus o exalte) era louco! Confiante em suas habilidades, ele disse a si mesmo, ‘Se eu me encontrar com esse homem, Deus pode curá-lo através das minhas mãos.’ Dimad encontrou o Profeta e disse: ‘Muhammad, eu posso proteger aquele que sofre de doença mental ou que está sob magia, e Deus cura aquele que Ele deseja através das minhas mãos. Você deseja ser curado?’ O Profeta de Deus respondeu, começando com sua introdução usual a seus sermões:
“De fato, todos os louvores e gratidão são para Deus. Nós O louvamos e pedimos Sua ajuda. Aquele que Deus guia, ninguém pode desviar, e aquele que é desviado não pode ser guiado. Eu testemunho que ninguém merece adoração exceto Deus, Ele é Único, não tem parceiros, e Muhammad é Seu Servo e Mensageiro.”
Dimad, perplexo pela beleza das palavras, pediu ao Profeta que as repetisse e disse: ‘Eu ouvi as palavras de adivinhos, magos e poetas, mas eu nunca ouvi tais palavras, elas chegam às profundezas dos oceanos. Dê-me a sua mão para que eu faça o meu juramento de fidelidade a você no Islã.’[2]
Após Gabriel trazer a primeira revelação ao Profeta Muhammad, Khadija, sua esposa, o levou para visitar seu velho primo, Waraqa bin Nawfal, um erudito da Bíblia, e discutir o evento. Waraqa reconheceu Muhammad das profecias da Bíblia e confirmou:
“Esse é o Guardião dos Segredos (Anjo Gabriel) que veio para Moisés.” (Saheeh Al-Bukhari)
O rosto pode ser uma janela para a alma. Abdullah bin Salam, o rabino chefe de Medina na época, olhou para o rosto do Profeta quando ele chegou em Medina e exclamou:
“No momento em que eu olhei para o seu rosto, eu sabia que não era o rosto de um mentiroso!” (Saheeh Al-Bukhari)
Muitos daqueles ao redor do Profeta que não aceitaram o Islã não duvidaram de sua veracidade, mas se recusaram a fazê-lo por outras razões. Seu tio, Abu Talib, o ajudou durante toda a sua vida, confessou a veracidade de Muhammad, mas se recusou a se afastar da religião de seus ancestrais por vergonha e status social.