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Creation date | 2015-04-27 14:21:10 | |||
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A segunda lei da termodinâmica, que é aceita como uma das leis básicas da física, sustenta que sob condições normais todos os sistemas que ficam sob suas próprias tendências tornam-se desordenados, dispersos e corruptos na relação direta da quantidade de tempo que passa. Tudo, ser vivo ou não, se desgasta, deteriora, decai, desintegra e é destruído. Esse é o fim absoluto de todos os seres enfrentarão de um jeito ou outro e, de acordo com a lei, o processo não pode ser evitado.
Isso é algo que todos nós temos observado. Por exemplo, se você levar um carro para um deserto e deixá-lo lá, dificilmente espera encontrá-lo em condição melhor ao retornar anos depois. Ao contrário, você veria que os pneus furaram, suas janelas quebraram, o chassi enferrujou e o motor parou de trabalhar. O mesmo processo inevitável é verdadeiro para os seres vivos.
A segunda lei da termodinâmica é o meio através do qual se define esse processo natural, com cálculos e equações físicas.
Essa lei famosa da física também é conhecida como a "lei da entropia". Na física a entropia é a medida da desordem de um sistema. A entropia de um sistema aumenta à medida que se distancia de um estado planejado, organizado e ordenado na direção de um não planejado, desordenado e disperso. Quanto maior a desordem em um sistema, mais alta é a entropia. A lei da entropia sustenta que o universo inteiro está inevitavelmente se movendo para um estado mais desordenado, não planejado e desorganizado.
A verdade da segunda lei da termodinâmica, ou a lei da entropia, foi estabelecida experimental e teoricamente. Todos os cientistas de destaque concordam que a lei da entropia permanecerá o paradigma principal para o futuro próximo. Albert Einstein, o maior cientista de nossa era, a descreveu como a "principal lei de toda a ciência." Sir Arthur Eddington também se referiu a ela como a "lei metafísica suprema do universo inteiro." [1]
A teoria evolucionária ignora essa lei fundamental da física. O mecanismo oferecido pela evolução contradiz totalmente a segunda lei. A teoria da evolução diz que átomos e moléculas desordenados, dispersos e sem vida se reuniram espontaneamente com o passar do tempo, em uma ordem particular, para formar moléculas extremamente complexas como proteínas, DNA e RNA, nas quais emergiram gradualmente milhões de espécies vivas diferentes, com estruturas até mais complexas. De acordo com a teoria da evolução, esse suposto processo - que gera uma estrutura mais planejada, ordenada, complexa e organizada em cada estágio - formou-se sozinho, sob condições naturais. A lei da entropia deixa claro que esse suposto processo natural contradiz totalmente as leis da física.
Cientistas evolucionários também estão cientes desse fato. J. H. Rush afirma:
No curso complexo de sua evolução, a vida exibe um contraste notável à tendência expressa na segunda lei da termodinâmica. Onde a segunda lei expressa uma progressão irreversível na direção de uma entropia e desordem crescentes, a vida evolui altos níveis de ordem continuamente.[2]
O autor evolucionista Roger Lewin expressa o impasse termodinâmico da evolução em um artigo na Science:
Um problema que os biólogos têm enfrentado é a contradição aparente da evolução com a segunda lei da termodinâmica. Os sistemas devem decair com o passar do tempo, se ordenar menos, não mais.[3]
Outro defensor da teoria da evolução, George Stravropoulos, afirma a impossibilidade termodinâmica da formação espontânea de vida e a impossibilidade de explicar a existência de mecanismos vivos complexos pelas leis naturais, no conhecido jornal evolucionista American Scientist:
Ainda assim, sob condições ordinárias, nenhuma molécula orgânica complexa pode jamais se formar espontaneamente, mas ao contrário, se desintegrará, em conformidade com a segunda lei. De fato, quanto mais complexa for, mas instável será e mais garantida será sua desintegração, mais cedo ou mais tarde. A fotossíntese e todo o processo da vida, e até a própria vida, não podem ainda ser compreendidos em termos da termodinâmica ou de qualquer outra ciência exata, apesar do uso de linguagem deliberadamente confusa.[4]
Como vimos, a afirmação da evolução está completamente em conflito com as leis da física. A segunda lei da termodinâmica constitui um obstáculo intransponível para o cenário da evolução, em termos tanto de ciência quanto de lógica. Incapaz de oferecer qualquer explicação científica e consistente para superar esse obstáculo, os evolucionistas só podem fazê-lo na imaginação. Por exemplo, o bem conhecido evolucionista Jeremy Rifkin nota que sua crença na evolução supera essa lei da física com um "poder mágico":
A lei da entropia diz que a evolução dissipa toda a energia disponível para a vida nesse planeta. Nosso conceito de evolução é o oposto exato. Acreditamos que a evolução, de alguma forma, cria magicamente valor e ordem maiores na terra.[5]
Essas palavras indicam bem que a evolução é uma crença dogmática e não uma tese científica.
Alguns proponentes da evolução têm recorrido a um argumento de que a segunda lei da termodinâmica só é verdade para "sistemas fechados" e que "sistemas abertos" estão além do escopo dessa lei. Essa alegação não é nada mais que uma tentativa de alguns evolucionistas de distorcer fatos científicos que invalidam sua teoria. De fato, um grande número de cientistas afirma abertamente que essa alegação é inválida e viola a termodinâmica. Um deles é o cientista da Harvard John Ross, que também têm opiniões evolucionistas. Ele explica que essas alegações não realistas contêm um erro científico importante nas observações a seguir, feitas na Chemical & Engineering News:
Não existem violações conhecidas da segunda lei da termodinâmica. Comumente a segunda lei é afirmada para sistemas isolados, mas a segunda lei se aplica igualmente bem a sistemas abertos. Existe, de alguma forma associada com o campo do fenômeno longe do equilíbrio, a noção de que a segunda lei da termodinâmica não se aplica a esses sistemas. É importante assegurar que esse erro não se perpetue.[6]
Um "sistema aberto" é um sistema termodinâmico no qual a energia e a matéria entram e saem. Os evolucionistas sustentam que o mundo é um sistema aberto: ou seja, constantemente exposto a um fluxo de energia vindo do sol; que a lei da entropia não se aplica ao mundo como um todo e que seres vivos complexos e ordenados podem ser gerados a partir de estruturas inanimadas simples e desordenadas.
Entretanto, há uma distorção óbvia aqui. O fato de um sistema ter um fluxo de energia não é suficiente para fazer dele um sistema ordenado. São necessários mecanismos específicos para tornar a energia funcional. Por exemplo, um carro precisa de um motor, um sistema de transmissão e mecanismos de controle relacionados para converter a energia em gasolina e funcionar. Sem esse sistema de conversão de energia, o carro não será capaz de usar a energia armazenada na gasolina.
A mesma coisa se aplica no caso da vida. É verdade que a vida deriva sua energia do sol. Entretanto, a energia solar só pode ser convertida em energia química por meio de sistemas de conversão de energia complexos em seres vivos (como a fotossíntese em plantas e os sistemas digestivos de humanos e animais). Nenhuma coisa viva pode viver sem esses sistemas de conversão de energia. Sem um sistema de conversão de energia o sol não é nada além de uma fonte de energia destrutiva que queima, seca ou derrete.
Como pode ser visto, um sistema termodinâmico sem um mecanismo de conversão de energia de algum tipo não é vantajoso para a evolução, seja ele aberto ou fechado. Ninguém afirma que esses mecanismos conscientes e complexos possam ter existido na natureza sob as condições da terra primitiva. Na verdade, o problema real a confrontar os evolucionistas é a questão de como mecanismos conversores de energia complexos como a fotossíntese nas plantas, que não podem ser duplicados nem mesmo pela tecnologia moderna, podem ter vindo a existir por conta própria.
O influxo de energia solar no mundo seria incapaz de criar essa ordem por conta própria. Além disso, mesmo que a temperatura se torne alta, os aminoácidos resistem formando vínculos em sequências ordenadas. A energia em si é incapaz de fazer com que os aminoácidos formem as moléculas de proteínas muito mais complexas ou de fazer com que as proteínas formem organelas, estruturas celulares organizadas e muito mais complexas.
[1] Jeremy Rifkin, Entropy: A View, Viking Press, Nova Iorque , 1980, p. 6.
[2] J. H. Rush, The Dawn of Life, Nova Iorque, Signet, 1962, p. 35.
[3] vol. 217, 24 de Setembro, 1982, p. 1239.
[4] George P. Stravropoulos, "The Frontiers and Limits of Science," American Scientist, vol. 65, Novembro-Dezembro 1977, p. 674.
[5] Jeremy Rifkin, Entropy: A View, Viking Press, Nova Iorque , 1980, p. 55.
[6] John Ross, Chemical and Engineering News, 27 Julho, 1980, p. 40.