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Creation date | 2014-08-28 13:00:18 | |||
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Um muçulmano - como um cristão - acredita que Deus enviou profetas para liderar a humanidade no caminho certo. Os nomes soavam muito familiares: Noé, Abraão, Moisés, Jonas e também Zacarias, João e Jesus.
Aprendi que Muhammad, o filho de Abdullah, que Deus o louve, que viveu no século 7 A.D na península arábica, era considerado o último profeta. Tinha recebido o Alcorão e esse livro era a base para todos os ensinamentos islâmicos.
Tinha que ver aquele livro, o Alcorão.
"Eis o livro que é indubitavelmente a orientação..." (2:2)
É o que está anotado lá sobre o próprio Alcorão.
Outro ponto interessante que constatei na época foi que os estudiosos ocidentais concordavam até certo ponto que existem passagens milagrosas no Alcorão. Mesmo a partir de um ponto de vista puramente literal e linguístico, o Alcorão é considerado um milagre e estabeleceu o padrão para o árabe clássico.
O conteúdo do Alcorão é tão notável quanto a forma. De forma alguma é um simples "livro de história árabe", como um orientalista bem conhecido o descreveu na mídia. Ao contrário, contém fatos surpreendentes sobre a natureza, a sociedade e tudo que tem relação com a vida humana.
Já na primeira revelação afirma: " Lê, que o teu Senhor é Generosíssimo, Ele, que ... Ensinou ao homem o que este não sabia." (96:3-5)
Um dos fatos históricos surpreendentes que podem ser encontrados no Alcorão se relaciona com o governante do Egito. Na história de José o Alcorão fala sobre um rei e na história de Moisés fala sobre um faraó? A razão para isso só foi conhecida quando o historiador francês Jean François Champollion, com a ajuda da pedra de roseta, teve sucesso em decifrar antigos hieróglifos egípcios. No final do Império Médios as tribos dos hicsos, originárias da Ásia, ocuparam a parte norte do Egito de hoje. Um rei governava aquela área, mais ou menos na época do profeta José. Sob o governo dos hicsos ele se tornou conselheiro do rei. E sob o reinado dos hicsos o povo de Israel migrou para o Egito, onde foram bem recebidos.
No século 16 A.C, durante o reinado do faraó Ahmose, os egípcios retomaram o país. O povo de Israel era odiado por sua cooperação com o rei que governava a área ao norte do Egito. Isso explica por que o povo de Israel na época de Moisés era oprimido e escravizado. O Alcorão distingue entre os termos "rei" dos hicsos e "faraó" dos egípcios.
À medida que prosseguimos na história de Moisés, vemos que Deus diz: " Porém, hoje salvamos apenas o teu corpo, para que sirvas de exemplo à tua posteridade. Em verdade, há muitos humanos que estão negligenciando os Nossos versículos." (Alcorão 10:92) Esse versículo fala sobre a mumificação do faraó.
O Alcorão também menciona fatos científicos relacionados à criação. Deus diz: "Não veem, acaso, os incrédulos, que os céus e a terra eram uma só massa, que desagregamos, e que criamos todos os seres vivos da água? Não creem ainda?" (21:30) Esse fato corresponde com as descobertas mais recentes da ciência.
E você sabe que de acordo com o Alcorão não vivemos "sobre" a terra, mas "dentro" da terra? Esse versículo fala sobre a atmosfera, que obviamente é parte da terra. Sem ela não existiríamos. Pense na alta velocidade com a qual viajamos pelo espaço devido à rotação da terra. Tente imaginar o vento resultante da velocidade do movimento, com o qual teríamos que lidar, se não fosse pela atmosfera.
O Alcorão descreve de forma precisa fenômenos da natureza como a formação das nuvens, embriologia, química da digestão e a expansão do universo. Até agora não há descobertas científicas que contradigam os versículos corânicos. Ao contrário, algumas afirmações corânicas só podem ser plenamente compreendidas e apreciadas com a ajuda da ciência contemporânea. Constatamos que ao longo do Alcorão, várias vezes, é solicitado ao leitor que use suas faculdades para reconhecer a verdade.
Com a ajuda do Alcorão os beduínos e comerciantes árabes construíram uma sociedade, na qual não apenas a ciência, mas também as artes floresceram. A Europa na época ainda estava em um período conhecido como Idade Média.
Sobre a crença lemos no Alcorão: "Não há imposição quanto à religião, porque já se destacou a verdade do erro. Quem renegar o sedutor e crer em Deus, Ter-se-á apegado a um firme e inquebrantável sustentáculo, porque Deus é Oniouvinte, Sapientíssimo." (2:256)
De fato a teologia islâmica é tão clara quanto o testemunho: "Não há divindade exceto Allah e Muhammad é Seu mensageiro."
Não existe essa coisa de pecado original. Deus diz: "Nenhuma alma receberá outra recompensa que não for a merecida, e nenhuma pecador arcará com culpas alheias." (6:164) Depois que Adão e Eva pecaram, Deus lhes ensinou o arrependimento.
Filho de Deus? Em relação a isso, Deus diz: "Dize: Ele é Allah, o Único (Deus). Allah, o Absoluto, o Eterno. Não gerou e nem foi gerado. E ninguém é comparável a Ele!" (Capítulo 112) Jesus de Nazaré foi apenas um profeta de Deus!
Um momento decisivo na história? Absolutamente não. Ao contrário, a história prova uma continuidade. Desde o começo só houve uma única religião, que foi a submissão ao Deus único, em árabe: "Islã." Essa religião foi proclamada por todos os profetas, incluindo Abraão, Moisés e Jesus. O profeta Muhammad foi o último deles, mas ainda assim era um ser humano como eu e você. O discurso feito por seu amigo Abu Bakr Siddiq na ocasião de sua morte foi preservado até hoje. Disse: "Aqueles entre vocês que adoravam Muhammad, que Deus o exalte, saibam que Muhammad está morto. Mas quem adorava a Deus, verdadeiramente Deus está vivo e nunca morrerá." E então relembrou ao povo o seguinte versículo do Alcorão:
"Muhammad não é senão um Mensageiro, a quem outros mensageiros precederam. Porventura, se morresse ou fosse morto, voltaríeis à incredulidade? Mas quem voltar a ela em nada prejudicará Deus; e Deus recompensará os agradecidos." (3:144)