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Creation date | 2014-05-31 12:27:12 | |||
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Deuteronômio 18:18 “Eu (Deus) lhes suscitarei do meio de teus irmãos um profeta semelhante a ti (Moisés), e porei minhas palavras em sua boca; e ele lhes falará tudo que eu lhe ordenar.”
Muitos cristãos acreditam que essa profecia profetizada por Moisés se aplica a Jesus. De fato Jesus foi profetizado no Velho Testamento, mas como ficará claro, essa profecia não se adequa a ele, mas ao contrário, se aplica mais a Muhammad, que Deus o exalte. Moisés profetizou o seguinte:
.
Áreas de Comparação |
Moisés |
Jesus |
Muhammad |
Nascimento |
nascimento normal |
nascimento virginal, milagroso |
nascimento normal |
Missão |
apenas profeta |
diz-se ser o Filho de Deus |
apenas profeta |
Pais |
pai & mãe |
apenas mãe |
pai & mãe |
Vida Familiar |
casado com filhos |
nunca casou |
casado com filhos |
Aceitação por seu próprio povo |
Judeus o aceitaram |
Judeus o rejeitaram[1] |
Árabes o aceitaram |
Autoridade Política |
Moisés a tinha (Núm. 15:36) |
Jesus a recusou[2] |
Muhammad a tinha |
Vitória Sobre Oponentes |
Faraó se afogou |
diz-se ter sido crucificado |
Mecanos derrotados |
Morte |
morte natural |
alega-se ter sido crucificado |
morte natural |
Sepultamento |
sepultado em túmulo |
túmulo vazio |
sepultado em túmulo |
Divindade |
não divino |
divino para os cristãos |
não divino |
Idade na qual começou a Missão |
40 |
30 |
40 |
Ressureição na terra |
não ressuscitou |
alegada ressuscitação |
não ressuscitou |
O verso em discussão é explícito ao dizer que o profeta virá de entre os Irmãos dos judeus. Abraão tinha dois filhos: Ismael e Isaque. Os judeus são os descendentes do filho de Isaque, Jacó. Os árabes são os filhos de Ismael. Portanto, os árabes são os irmãos da nação judaica.[3] A Bíblia afirma:
‘E ele (Ismael) habitará fronteiro a todos os seus irmãos.’ (Gênesis 16:12)
‘E ele (Ismael) morreu fronteiro a todos os seus irmãos.’ (Gênesis 25:18)
Os filhos de Isaque são os irmãos dos ismaelitas. Da mesma forma, Muhammad é de entre os irmãos dos israelitas, porque ele era um descendente de Ismael, o filho de Abraão.
O Alcorão diz sobre Muhammad:
“Nem ele fala a partir de seu próprio desejo: aquilo [que ele transmite a vós] não é senão uma inspiração [divina] com a qual ele está sendo inspirado." (Alcorão 53:3-4)
Isso é muito semelhante ao verso em Gênesis 18:15:
“Eu (Deus) lhes suscitarei do meio de seus irmãos um profeta semelhante a ti (Moisés), e porei minhas palavras em sua boca; e ele lhes falará tudo que eu lhe ordenar.” (Gênesis 18:18)
O Profeta Muhammad veio com uma mensagem para o mundo todo, inclusive para os judeus. Todos, incluindo os judeus, devem aceitar a sua missão profética, e isso é apoiado pelas seguintes palavras:
“O SENHOR teu Deus te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás.” (Deuteronômio 18:15)
A profecia continua:
Deuteronômio 18:19 “De todo aquele que ouvir minhas palavras, que ele dirá em meu nome, disso lhe pedirei contas.” (em algumas traduções: “Eu serei o Vingador”).
Muito interessantemente, os muçulmanos começam cada capítulo do Alcorão em nome de Deus ao dizer:
Bismillah ir-Rahman ir-Raheem
“Em Nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso."
Abaixo estão os relatos de alguns eruditos que acreditaram que essa profecia se adequa a Muhammad.
A Primeira Testemunha
Abdul-Ahad Dawud, o ex-reverendo David Benjamin Keldani, um sacerdote católico romano da denominação caldeana (leia sua biografia aqui). Após aceitar o Islã, ele escreveu o livro, ‘Muhammad na Bíblia.’ Ele escreve sobre essa profecia:
“Se essas palavras não se aplicam a Muhammad, elas ainda estão por serem cumpridas. O próprio Jesus nunca alegou ser o profeta mencionado. Até mesmo seus discípulos eram da mesma opinião: eles esperavam pela segunda vinda de Jesus para o cumprimento da profecia (Atos 3: 17-24). Até agora é indiscutível que a primeira vinda de Jesus não foi o advento do Profeta semelhante a ti e seu segundo advento dificilmente satisfaz essas palavras. Jesus, como é acreditado por sua Igreja, aparecerá como um Juiz e não como um legislador; mas o prometido tem de vir com uma “lei ardente” em sua mão direita.”[4]
A Segunda Testemunha
Muhammad Asad nasceu Leopold Weiss em julho de 1900 na cidade de Lvov, agora na Polônia, então parte do Império Austríaco. Ele foi o descendente de uma longa linhagem de rabinos, uma linhagem interrompida por seu pai, que se tornou um advogado. O próprio Asad recebeu uma educação religiosa detalhada que o qualificaria a manter viva a tradição rabínica da família. Ele se tornou proficiente em hebraico ainda muito jovem e também estava familiarizado com o aramaico. Ele tinha estudado o Velho Testamento no original assim como o texto e comentários do Talmude, a Mishná e a Gemará, e se aprofundou nas complexidades da exegese bíblica, o Targum.[5]
Comentando sobre o versículo do Alcorão:
“e não confundais o verdadeiro com o falso, e não oculteis a verdade enquanto sabeis.” Alcorão 2:42)
Muhammad Asad escreve:
“Por ‘confundir o verdadeiro com o falso’ entenda-se a corrupção do texto bíblico, do qual o Alcorão freqüentemente acusa os judeus (e que já foi estabelecido por criticismo textual objetivo), enquanto que a ‘supressão da verdade’ se refere à sua desconsideração ou interpretação deliberadamente falsa das palavras de Moisés na passagem bíblica, 'O Senhor teu Deus suscitará do meio de ti um profeta, dos teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás' (Deuteronômio 18:15), e as palavras atribuídas ao próprio Deus, ‘Eu suscitarei um profeta dentre teus irmãos, semelhante a ti, e colocarei as minhas palavras em sua boca’ (Deuteronômio 18:18). Os ‘irmãos’ dos filhos de Israel obviamente são os árabes, e particularmente o musta’ribah (‘arabizado) grupo entre eles, que traça a sua descendência a partir de Ismael e Abraão: e uma vez que esse é o grupo ao qual a tribo do próprio profeta, os Coraixitas, pertencia, as passagens bíblicas acima devem ser consideradas como se referindo ao seu advento.” [6]
[2] João 18:36.
[3] ‘Muhammad: His Life Based on the Earliest Sources’ (Muhammad: Sua Vida Baseada nas Fontes Mais Antigas’) de Martin Lings, p. 1-7.
[4] p. 156
[5] ‘Berlin to Makkah: Muhammad Asad’s Journey into Islam’ (‘De Berlim a Meca: A Jornada de Muhammad Asad ao Islã’) de Ismail Ibrahim Nawwab na edição de Janeiro/Fevereiro de 2002 da Saudi Aramco Magazine.
[6] Muhammad Asad, ‘The Message of The Quran’ (‘A Mensagem do Alcorão’) (Gibraltar: Dar al-Andalus, 1984), p. 10-11.