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Creation date | 2013-12-25 15:57:25 | |||
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A base da religião do Islã é o testemunho de duas frases:
(i) Ninguém tem o direito à adoração exceto Deus (La ilaaha ‘ill-Allah), e
(ii) Muhammad é o Mensageiro de Deus (Muhammad-ur-Rasool-ullah)
Essa frase é conhecida como a shahada, ou testemunho de fé. Através da crença e testemunho dessas duas frases se entra no Islã. É o lema dos crentes que mantém através de suas vidas, e a base para todas as suas crenças, adoração e existência. Este artigo discutirá a primeira parte deste testemunho.
Como mencionado antes, esse testemunho é de longe o aspecto mais importante da religião do Islã, porque afirma a crença no Tawhid, ou a Unicidade e singularidade de Deus, sobre a qual toda a religião se apóia. Por essa razão, é chamada “A declaração de Tawhid”. Essa singularidade e unicidade requerem o direito exclusivo de Deus à adoração e obediência. A religião do Islã é basicamente um modo de vida no qual uma pessoa adora e obedece as ordens de Deus e ninguém mais. É a única religião monoteísta verdadeira, enfatizando que nenhuma adoração deve ser direcionada a ninguém mais exceto Deus. Por essa razão, vemos que em muitas narrações o Profeta, que Deus o louve, disse que quem quer que diga essa frase e a pratique entrará no Paraíso pela eternidade, e quem quer que se oponha a ela será condenado ao Inferno pela eternidade.
This declaration also reiterates the purpose of one’s life, which is the worship of God alone, and obviously, the purpose of one’s existence and being is the most important aspect in one’s life. Essa declaração também reitera o propósito da vida, que é a adoração de Deus somente e, obviamente, o propósito de ser e existir de alguém é o aspecto mais importante da vida. Deus diz no Alcorão:
“Não criei os gênios e os humanos exceto para Me adorarem.” (Alcorão 51:56)
A mensagem do Tawhid encontrada nessa declaração não é particular do Islã. Devido à importância, realidade e verdade dessa mensagem, ela foi a mensagem trazida por todos os profetas. Desde o surgimento da humanidade, Deus enviou mensageiros a todos os povos e nações, comandando-os a adorá-Lo somente, e a rejeitar falsas divindades. Deus diz:
“Em verdade, enviamos para cada povo um mensageiro (com a ordem): Adorai a Deus e afastai-vos das falsas divindades!” (Alcorão 16:36)
Apenas quando essa noção de Tawhid estiver enraizada nos corações e mentes das pessoas elas seguirão espontaneamente os mandamentos de Deus e dedicarão todas as adorações somente a Ele. Por essa razão o Profeta, que Deus o louve, conclamou seu povo por treze anos em Meca somente ao Tawhid, e apenas uma parcela mínima da adoração era obrigatória naquela época. Somente quando essa noção se firmou nos corações dos crentes e eles estavam dispostos a sacrificar até mesmo suas próprias vidas por ela, os outros mandamentos do Islã foram revelados. Se esse fundamento faltar, nada depois dele terá validade.
La ilaaha ill-Allah, significa literalmente “Não existe deus (divindade) exceto Allah”. Aqui, deus com ‘d’ minúsculo é qualquer coisa que seja adorada. O que está implícito nessa declaração é que embora possa haver outros deuses e divindades sendo adorados pelos humanos, nenhum deles tem o direito à adoração, significando que nenhum objeto considerado como um deus tem qualquer direito àquela adoração, nem a merece, exceto o Único Verdadeiro Deus. Deste modo, laa ilaaha ill-Allah significa, “Nenhum deus tem o direito à adoração exceto Allah.”
Essas duas palavras negam o direito de qualquer ser criado à adoração. Os muçulmanos rejeitam a adoração de qualquer coisa ao lado de Deus. Essa rejeição se estende a todas as superstições, ideologias, estilos de vida, ou quaisquer autoridades que reivindiquem devoção divina, amor, ou obediência absoluta. Deus menciona no Alcorão em muitas passagens que todas as coisas que as pessoas tomam como objetos de adoração além Dele não merecem qualquer adoração, nem têm direito à ela, uma vez que elas próprias são criações e não têm poder para trazer qualquer benefício.
“Não obstante, eles adoram, em vez d’Ele, divindades que nada podem criar, posto que elas mesmas foram criadas. E não podem prejudicar nem beneficiar a si mesmas, e não dispõem da morte, nem da vida, nem da ressurreição.” (Alcorão 25:3)
Geralmente se adora outro objeto ou ser porque se crê que ele tem algum poder especial, como algum controle sobre o universo, algum poder de beneficiar ou prejudicar, ou que merece adoração por si mesmo devido à sua grandeza. Deus nega a noção de que essas coisas que as pessoas tomam como objetos de adoração, sejam elas aspectos da natureza, como o vento, árvores, pedras, chuva; ou seres conscientes, como os humanos, profetas, santos, anjos, reis, tenham qualquer poder em si mesmas. São meras criações como os próprios adoradores e não têm poder para ajudar nem a si mesmas e, deste modo, não devem ser adoradas. São meras criações com deficiências, sujeitas à Vontade de Deus, e dessa forma não merecem qualquer aspecto de adoração.
Na realidade, muitos acreditam no controle e poder supremo de Deus, mas imaginam o Reino Divino de Deus como os reinos terrenos. Assim como um rei tem muitos ministros e associados de confiança, imaginam que os ‘santos’ e divindades menores são nossos intercessores junto a Deus. Os tomam como agentes através dos quais Deus é abordado, direcionando alguns atos de adoração e serviços para eles. Deus diz:
“E se lhes perguntares quem criou os céus e a terra, seguramente te responderão: ‘Deus!’
Dize-lhes: ‘Tereis reparado nos que invocais, em vez de Deus? Se Deus quisesse prejudicar-me, poderiam, acaso, impedi-Lo? Ou então, se Ele quisesse favorecer-me com alguma graça, poderiam eles privar-me dela?’
Dize-lhes (mais): ‘Deus me basta! A Ele se encomendam aqueles que estão confiantes.’ (Alcorão 39:38)
Na verdade, não existem intercessores no Islã. Nenhuma pessoa virtuosa deve ser venerada, nem qualquer outro ser deve ser adorado. Um muçulmano direciona toda a adoração diretamente e exclusivamente para Deus.
Depois de negar o direito de qualquer ser criado à adoração, a shahada afirma a divindade de Deus apenas, com ‘…exceto Deus’. Em muitas passagens no Alcorão, depois de Deus negar que qualquer coisa da criação tenha poder para trazer benefício e prejuízo, não merecendo, portanto, qualquer adoração, Ele afirma que Ele Próprio é para ser adorado, e que Ele tem o controle e detém o domínio de todo o universo. Apenas Deus provê Sua criação; Ele está em controle total. Ele é o único que pode trazer benefício e prejuízo, e nada pode impedir Sua Vontade de se tornar realidade. Dessa forma, é Ele Próprio, através de Sua perfeição, de Seus poderes supremos, devido ao Seu domínio total e à Sua grandeza, Quem merece exclusivamente toda a adoração, serviço e veneração.
“Pergunta-lhes: ‘Quem é o Senhor dos céus e da terra?’
E afirma-lhes: ‘Deus!’
E dize-lhes: ‘Adotareis, acaso, em vez d’Ele, ídolos, que não podem beneficiar-se sem defender-se?
Poderão equiparar-se as trevas e a luz? Atribuem, acaso, a Deus parceiros, que criaram algo como a Sua criação, de tal modo que a criação lhes pareça similar?’
Dize: ‘Deus é o Criador de todas as coisas, porque Ele é o Único, o Irresistibilíssimo.’” (Alcorão 13:16)
Deus também diz:
“Qual, somente adorais ídolos, em vez de Deus, e inventai calúnias! Em verdade, os que adorais, em vez de Deus, não podem proporcionar-vos sustento. Procurai, pois, o sustento junto a Deus, adorai-O e agradecei-Lhe, porque a Ele retornareis.” (Alcorão 29:17)
E Deus diz:
“Quem criou os céus e a terra, e quem envia a água do céu, mediante a qual fazemos brotar vicejantes vergéis, cujos similares jamais podereis produzir? Poderá haver outra divindade em parceria com Deus? Qual! Porém, (esses que assim afirmam) são seres que se desviam.” (Alcorão 27:60)
Como Deus é o único ser merecedor de adoração, adorar qualquer coisa ao lado ou junto com Ele é errado. Todos os atos de devoção devem ser direcionados para Deus somente. Todos os pedidos feitos através Dele. Todo o medo do desconhecido deve ser temido a partir Dele e toda a esperança deve ser colocada Nele. Todo o amor divino deve ser sentido por Ele, e tudo que se odeia deve ser odiado em Seu nome. Todos os atos de bondade devem ser feitos buscando Seus favores e satisfação, e todos os erros devem ser evitados em Seu nome. Dessa forma os muçulmanos adoram somente a Deus e disso entendemos como toda a religião do Islã é baseada na declaração de Tawhid.