Under category | O Profeta da Misericórdia _ Mohammad Mussád Yácut | |||
Creation date | 2011-01-10 07:45:18 | |||
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segundo: empenhos fecundos do profeta (deus o abençoe e lhe dê paz):
a vida árabe antes do islam baseava-se num estilo particular. a tribo era a organização social e política que cuidava da vida do indivíduo na tribo. a dependência do árabe pré-islâmico era tribal. não tinha nenhum vínculo prático que reunisse e unificasse as tribos. pelo contrário, as tribos disputavam entre si, aliando-se uma tribo com outra contra as outras. especificamente, a tribo árabe representava uma unidade política independente5.
daí a revolução que o profeta (deus o abençoe e lhe dê paz) causou foi profunda na vida da península arábica, pois conseguiu, com a sua política de luta repleta de espírito do islam transformar esses elementos tribais independentes e desenvolvê-los para aparecer no círculo da nação islâmica.6
philip hitti mostra essa revolução promovida pelo mensageiro (deus o abençoe e lhe dê paz), dizendo: “se examinarmos mohammad através dos trabalhos que ele realizou, como homem, mestre, orador, estadista e guerreiro, descobrimos claramente que é um dos homens mais capazes de todos os períodos da história. ele divulgou a religião do islam, fundou um estado que é o califado, estabeleceu as bases da civilização árabe islâmica, formou a nação árabe e permanece até hoje uma força viva efetiva na vida de milhões de pessoas.”7
quanto ao empenho gigantesco que o profeta (deus o abençoe e lhe dê paz) despendeu para causar a mudança na sociedade árabe pré-islâmica, emile dermenghem disse: “o profeta não conhecia descanso nem a quietude depois que recebeu a revelação na caverna de hirá. ele passou uma vida admirada pelas pessoas. na realidade, vinte anos foram suficientes para preparação da revolta mundial. na areias áridas do hijaz nasceu uma semente que irá renovar em pouco tempo as regiões árabes e cujos ramos se estenderão até a índia e o oceano atlântico. não temos em mãos o que nos esclarece se mohammad viu quando desceu do monte arafat8 o futuro de sua comunidade e a difusão de sua religião e que ele sentiu com a sua visão que os árabes que ele uniu irão sair da península para conquistarem a pérsia, a síria, a áfrica e a espanha.”9
arnold toynbe10 mostrou que o profeta dedicou a sua vida para a realização de sua mensagem sob o aval de dois fenômenos básicos no ambiente social árabe: a unicidade na ideologia religiosa e a legislação e a disciplina no governo. “isso aconteceu, efetivamente devido à abrangente disciplina do islam que uniu entre o fenômeno da unicidade e a autoridade executiva em conjunto. isso proporcionou para o islam uma enorme força impulsora que não se restringia em suprir as necessidades dos árabes e a sua mudança de um povo ignorante a um povo civilizado, mas impulsionou o islam dos limites da península arábica, conquistando toda a síria, desde as orlas do atlântico até as costas das estepes eurasianas.”11
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1. sahih al bukhári, sob o número 4525. ele disse isso quando um dos muhájirin agrediu um dos ansar. o ansári disse: “ó ansar!”, e o muhájir disse: “ó muhájirin!”. o mensageiro de deus ouviu aquilo e disse: “o que está acontecendo com o apelo da época pré-islâmica?” disseram-lhe: “ó mensageiro de deus, um dos muhájirin agrediu um dos ansar.” ele disse: “deixem disso, pois é racismo mal cheiroso.”
2. um pensador e pesquisador alemão. dedicou-se aos estudos orientais na universidade de hidelberg e dedicou a vida estudando o islam. ele é autor de vários livros e pesquisas, entre eles a tradução do alcorão sagrado, publicada em 1964 e 1965. é autor de um livro sobre o profeta mohammad (deus o abençoe e lhe dê paz).
3. rudi bart: “estudos árabes e islâmicos nas universidades alemãs”, pág. 20.
4. idem.
5. ver: “papel do profeta (deus o abençoe e lhe dê paz) na preparação dos árabes”, artigo vencedor do concurso: “ajude ao seu profeta e seja um divulgador.”, do site islâmico “alulukat”, artigos jornalísticos, 2006.
6. ver mohammad charif chibáni: “o mensageiro nos estudos orientalistas imparciais”, pág. 68 e seguintes.
7. philip hitti, “o islam, um método de vida”, pág. 56.
8. quer dizer a peregrinação de despedida no dia 9 de zul hijja, do ano 10 da hégira (6 de março de 632 e.c.).
9. emile dermenghem: “a vida de mohammad”.
10. arnold toynbee: historiador britânico cuja maioria de seus estudos versa sobre a história das civilizações. a mais destacada de suas obras é “estudo da história”. ele começou a trabalhar na obra em 1921 e a finalizou em 1961. é constituída de 21 volumes em que toynbee apresenta o seu ponto de vista cultural da história.
11. summerville, sob a supervisão de arnold toynbe, “resumo do estudo da história”, 10/381.